quarta-feira, 18 de julho de 2012

Fifa, Copa do Mundo e Mulheres Vendidas para a Industria Sexual

E a Copa do Mundo está chegando...
Nada contra praticar esportes, mas a apropriação do capitalismo que faz dos jogadores mercadorias, "mercadorias" que tem classe, tem raça, tem etnia, tem nacionalismo, tem trafico de mulheres para serem estupradas, tem especulação imobiliária.

Uma coisa é vender força de trabalho, que já é exploração, outra é ter que vender a si mesma para pagar alimento, energia, água (como convencer pessoas que recursos naturais serão privatizados?), saúde, moradia e etc. 

 Mulheres vendidas por US$ 670

Como se percebe, o objetivo da Fifa e do The Guardian não era exatamente fazer com que o governo conciliador-patriarcal da África do Sul mandasse a polícia parar de espancar e extorquir mulheres sul-africanas negras e pobres. Ao contrário: a Fifa mandou Zuma sumir com mendigos e prostitutas das ruas. O objetivo era criar condições para a chegada de prostitutas estrangeiras, mulheres traficadas por empresas capitalistas de submundo para suprir uma das principais demandas da festa suprema do futebol profissional.
E assim se fez: o tráfico de pessoas com destino ao país-sede da Copa 2010 aumentou consideravelmente nos meses que antecederam este evento que é também um dos ápices do calendário do chamado "turismo sexual". O governo Zuma não chegou a legalizar a prostituição, mas tratou de fazer vistas grossas à farra a custa da dignidade alheia e chancelada pelos mandachuvas do futebol, os mesmos que se esmeram na farsa da responsabilidade social da Copa do Mundo.
Estudos conduzidos pela pesquisadora Merad Kambamu, de Zâmbia, compilaram denúncias e provas de um número crescente de casos de meninas e jovens mulheres que desapareceram em vários países da África e reapareceram em bordéis e "casas de massagem" das cidades que receberam as partidas da Copa do Mundo da África do Sul. A porta-voz da polícia de Maputo, capital de Moçambique, revelou que estas mulheres vinham sendo vendidas por US$ 670 para serem oferecidas feito refeições a turistas endinheirados.
Este lado de pouco "fair play" das Copas do Mundo de futebol foi escancarado na Alemanha, em 2006, quando nada menos do que 40 mil mulheres foram levadas para os megabordéis quase que patrocinados pela Fifa que foram instalados em caráter excepcional em cidades como Berlim. Naquela ocasião, a exigência foi feita e a Alemanha legalizou sua "indústria sexual", que funcionou à base de "mão de obra" levada da Ásia, América Latina e do Leste Europeu com promessas de empregos temporários, mas que acabaram se convertendo em escravas sexuais para animar a grande farra capitalista quadrianual regada a dinheiro e futebol.
Na integra: http://www.anovademocracia.com.br/no-68/2922-copa-do-mundo-demagogia-e-trafico-de-mulheres

MAIS UM MOTIVO PARA QUE O FEMINISMO SEJA NEGRO E CLASSISTA!

Por Feminismo Negro e Classista